A paralisação nacional dos caminhoneiros, que entrou em seu quarto dia nesta quinta-feira (24), já ameaça o transporte coletivo em Cuiabá.
Com os estoques de combustível baixos, os empresários do setor já cogitam a possibilidade de redução da frota na cidade. A ideia é que, caso a redução ocorra, o número de veículos seja semelhante ao empregado nos domingos e feriados.
A justificativa é que as empresas tinham a previsão de receber uma carga de combustível na quarta-feira (23), no entanto a entrega não ocorreu. A reportagem tentou falar com algum diretor da associação que reúne as empresas, mas não conseguiu.
Uma reunião será realizada nesta quinta-feira (24) com o secretário de Mobilidade Urbana (Semob), Antenor Figueiredo, que é quem tem a última palavra sobre reduzir ou não os carros em circulação.
A medida já está ocorrendo nos Estados de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Pernambuco, Estados também afetados pela paralisação.
Bloqueios
Já são 25 os pontos de bloqueio em Mato Grosso, de acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal.
Convocada pela Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), a manifestação começou na manhã de segunda-feira (21). O protesto é contra o aumento no preço do óleo diesel, que estaria tirando a rentabilidade do setor.
Carretas e caminhões estão impedidos de passar pelo trecho. Apenas carros de passeio, ambulâncias, ônibus, cargas vivas e perecíveis estão autorizados a seguir viagem.
De acordo com a PRF, os bloqueios estão sendo realizados nas cidades de Água Boa (BR-158), Cáceres (BR-070), Primavera do Leste (BR-070), Campo Verde (BR-070), Sapezal (BR-364), Comodoro (BR-174), Rondonópolis (BR-364), Nova Mutum (BR-163), Sinop (BR-163), Lucas do Rio Verde (BR-163), Cuiabá (BR-364 e 070) e Diamantino (BR-364).
A PRF alerta que o Código de Trânsito Brasileiro prevê uma multa no valor de R$ 3.800 para condutores que usam qualquer veículo para, deliberadamente, interromper, restringir ou perturbar a circulação na via sem autorização do órgão com circunscrição sobre ela. A infração é gravíssima e prevê também a suspensão do direito de dirigir.
compartilhe