A febre amarela é muito grave e pode levar à morte na maioria das vezes. Ela se enquadra entre as febres hemorrágicas e a sobrevida após o diagnóstico da doença é muito difícil, conforme explica o médico Marcelo Sandrin.
“A febre amarela é uma das doenças mais letais que existe. Ela ainda não foi registrada na cidade, mas a vacinação é imprescindível para se manter imune à doença”, alerta o médico.
A enfermidade é transmitida pelo mosquito Haemagogus, na área rural que pica o macaco, hospedeiro da doença, e depois ataca o humano que não tem proteção contra o vírus. Na área urbana,a doença é transmitida pelo Aedes Aegypti, mesmo transmissor da dengue. Uma vez contaminado, a doença ataca o fígado e o rim humano, prejudicando a coagulação sanguínea e podendo levar à morte.
“As pessoas têm que buscar se vacinar. Se já vacinou há muito tempo, buscar uma unidade de saúde para reforçar a dose. Esse é o único meio de prevenção da doença, mas as pessoas esquecem”, ressalta Sandrin.
No início do mês, a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) divulgou que o número de registros da doença em humanos e animais é o maior nos últimos anos e o fato demanda atenção.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), não há surto na região e nenhum caso foi registrado no Estado. Pessoas que já tomaram todas as doses da vacina podem ficar tranquilas, pois já estão imunizadas.
Os cidadãos que não foram imunizados podem procurar a vacina nos postos de saúde dos bairros em cada município para ser vacinado gratuitamente.
Mesmo sem nenhum registro da doença, todas as cidades mato-grossenses estão na lista de municípios com recomendação para vacina divulgada pelo Ministério da Saúde.
A Vigilância Epidemiológica esclarece que no Estado as vacinas não estão sendo fracionadas como vem ocorrendo em São Paulo, devido à falta de doses para todos que procuram.
De acordo com a OPAS, o Brasil registrou 777 casos confirmados, 261 mortes e 1.659 casos em animais entre o segundo semestre de 2016 e junho de 2017.
“A febre amarela não tem cura. O que existe é o tratamento de suporte de vida”, assevera o médico.
Em viagem
As pessoas que irão viajar para áreas de risco devem buscar a vacina pelo menos 15 dias antes da viagem. Caso não haja tempo hábil, o melhor é adiar o passeio.
“Nós não criamos anticorpos de uma hora para outra. É preciso um tempo até que o vacina surta efeito. Para quem vai para áreas de mata a dose também é recomendada, visto que os casos de febre amarela foram, até agora, registrados na área rural”, frisa o médico.
As vacinas podem ser tomadas no aeroporto, onde a pessoa receberá o cartão internacional de vacinação usado para comprovar a imunização no exterior.
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