As vendas do setor supermercadista do país em maio subiram 4,7 por cento em termos reais sobre o mesmo período de 2017, afirmou nesta sexta-feira a associação que representa o setor, Abras.
Segundo a entidade, o resultado de maio não foi impactado pela greve de caminhoneiros no fim daquele mês porque os supermercados trabalham com estoques em torno de 10 a 15 dias.
"Algumas redes mantiveram o abastecimento normal, e os reflexos da paralisação se concentraram mais em junho", disse o presidente da Abras, João Sanzovo Neto, em nota.
Ele ressaltou, contudo, que a greve influenciou a alta em preços de alguns produtos menos estocados, como hortifrútis.
Conforme o levantamento, cebola (+40,13 por cento) e batata (+18,67 por cento) foram os itens que mais encareceram dentro da cesta de compras dos consumidores na comparação mensal.
Na outra ponta, refrigerante pet, sabonete, farinha de mandioca e pernil tiveram as maiores desvalorizações, mostrou a pesquisa da Abras.
Regionalmente, apenas o Centro-Oeste registrou queda mensal nos preços da cesta de produtos (-0,68 por cento), enquanto o Sul apresentou a maior alta (+2,51 por cento), seguido por Sudeste (+1,38 por cento), Norte (+1,25 por cento) e Nordeste (+0,54 por cento).
Nos cinco primeiros meses do ano, as vendas de supermercados do país subiram 1,9 por cento na comparação anual, o que segundo Sanzovo Neto sinaliza "uma estabilidade do setor". Em valores nominais, o crescimento acumulado foi de 5,23 por cento, disse Abras.
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