Ultrapassada a crise que estagnou o setor imobiliário, o consumidor nunca viveu um momento tão favorável para a compra de imóveis. A redução na taxa de juros, a patamares inferiores ao verificado em 2013, e a existência de estoque de apartamentos prontos fazem com que os interessados em realizar o chamado sonho da casa própria tenham um poder de barganha jamais visto.
O setor, que reconhece que o período é o melhor para novos compradores, destaca que o cenário deverá mudar em breve, por conta das mudanças na política econômica que vão impactar os custos dos próximos lançamentos.
Uma série de fatores contribui para que o momento seja o ideal para a aquisição de imóveis, explica o presidente do Sindicato da Habitação de Mato Grosso (Secovi-MT), Marco Pessoz. “Além de ainda existir um estoque de unidades habitacionais, temos taxas de juros bancárias muito baixas, abaixo até do que se verificou em 2013, e isso deu poder de barganha aos consumidores, coisa que nunca existiu. Nunca esteve tão bom para se comprar um imóvel”, destaca.
O mais recente levantamento do setor mostrou que o primeiro trimestre deste ano comprovou que os preços e condições de financiamentos caíram no gosto dos consumidores. Conforme o Sindicato das Indústrias da Construção do Estado de Mato Grosso (Sinduscon-MT), responsável pela pesquisa, as vendas foram 48% maiores que nos últimos três meses de 2017. “Isso representou mais de 500 unidades comercializadas em Mato Grosso”, ressalta o presidente da Comissão da Indústria Imobiliária da entidade, Paulo Bresser.
Com um ritmo baixo de lançamentos de novos condomínios verticais, quatro desde o início de 2017 depois de dois anos sem nenhum novo projeto disponibilizado, a tendência, prevê Bresser, é que as cerca de 2,2 mil unidades habitacionais prontas atualmente sejam vendidas até o ano que vem. “Vai faltar apartamentos, porque as pessoas continuam casando, continuam se mudando para novas unidades”, acredita o representante do Sinduscon.
Os novos lançamentos, que viriam para suprir esta demanda, deverão ter preços corrigidos por fatores externos, como a elevação da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para 17%. “Só isso vai fazer com que o custo total do empreendimento seja elevado em 10%. Também há outras despesas como frete e como as modificações na legislação municipal”, projeta Bresser.
Bom momento
Diretor comercial da BC Genera, responsável pelo Brasil Beach Home Resort, Bernardo Bonilha salienta que os bons resultados obtidos no início deste ano foram sentidos nas vendas de unidades do empreendimento. “Desde que lançamos o Brasil Beach, o primeiro semestre de 2018 foi o melhor da história em relação a vendas”.
O preço médio das unidades comercializadas em Mato Grosso mostra, na opinião de Bonilha, que a classe média voltou a planejar e concretizar a compra de novos imóveis. Além dos aspectos financeiros, Bernardo destaca que o empreendimento conta com diversos diferenciais, como a localização – em uma estrada com obras de duplicação em fase de conclusão –, preço de condomínio baixo diante da quantidade de opções de lazer, além de uma lagoa artificial com praia privativa.
O diretor comercial do Brasil Beach concorda com os representantes do setor imobiliário e acredita que não haverá tão cedo um momento tão favorável para a aquisição de unidades habitacionais. “Acredito que quem pretende aproveitar condições favoráveis de financiamento e preços mais baixos tem que se definir muito em breve, ou correrá o risco de não ter estes benefícios em um momento futuro”, finaliza.
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