O lucro das micro e pequenas empresas paulistas voltou a subir depois de dois meses no vermelho, segundo a pesquisa Indicadores, do Sebrae-SP. Em agosto, a receita total das MPEs foi de R$ 65,3 bilhões. O montante aponta um crescimento de 6,3% no faturamento real (já descontada a inflação) em relação ao mesmo mês do ano passado.
Na comparação julho de 2018 sobre o mesmo mês do ano passado, a queda havia sido de 3,4%; na relação junho 2018 sobre junho 2017, o recuo havia sido de 0,5%.
Na comparação com o mês de julho, houve aumento de 5,5%, puxado especialmente pela indústria, com um avanço de 14,3%. Comércio, com 5,2%, e serviços, 3,5%, também cresceram. O fato de contar com dois dias úteis a mais em relação ao mês anterior contribuiu para o bom resultado das empresas em agosto.
Outro indicador positivo foi o número de trabalhadores empregados nas MPEs. Em agosto, houve aumento de 2,5% do pessoal ocupado sobre o mesmo mês de 2017, representando aumento de 195 mil pessoas. O rendimento médio dos empregados , no entanto, caiu 0,8% e o valor da folha de pagamento ficou 0,7% menor.
Um dos possíveis motivos para o crescimento da ocupação é a liberação dos saques das cotas do PIS e Pasep, já que parte desses recursos podem ter sido direcionados para o consumo. Em contrapartida, fatores pontuais podem ter agravado o desempenho ruim nos meses anteriores a agosto, como a greve dos caminhoneiros em maio e a realização da Copa do Mundo em junho e julho. "Os eventos reduziram a circulação de pessoas e mercadorias em determinados momentos", diz o relatório do Sebrae.
A expectativa para os próximos meses é de estabilidade ou de alta, acreditam os empresários. Entre os pesquisados, 47% dos proprietários de MPEs falaram em manutenção na receita para setembro, 29% esperam crescimento e 5% falam em piora na receita. Outros 19% declararam que não sabem como o faturamento da empresa poderá evoluir.
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