Os preços de produtos importantes para as famílias brasileiras ficaram mais baratos em novembro. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação do período caiu 0,21% – o melhor resultado para o mês desde o início do Plano Real.
As principais influências favoráveis vieram de quedas de preços em habitação, vestuário, transporte, saúde e cuidados pessoais e comunicação. As informações fazem parte do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador considerado a inflação oficial do País.
Com o desempenho de novembro, a taxa acumulada em 12 meses desacelerou de 4,56% para 4,05%. Se o indicador se mantiver ao redor desse nível em dezembro, o Brasil terá cumprido a meta de inflação pelo terceiro ano consecutivo, cujo alvo central é um IPCA de 4,5%.
Segundo o IBGE, a energia elétrica teve o maior impacto favorável no índice, com queda de 4,04%. “Tivemos a mudança da bandeira tarifária. Estava no patamar dois da bandeira vermelha e passou a ser amarela. Isso foi o principal”, explicou o analista de Índice de Preços, Pedro Costa.
Os combustíveis também tiveram papel importante para que a inflação geral caísse no mês: a gasolina recuou 3,07%, o etanol caiu 0,52% e o óleo diesel 0,58%. “A Petrobras reduziu em 24% o valor cobrado nas refinarias e uma parte disso foi repassada para o consumidor final”, afirmou Costa.
O IPCA é um indicador calculado pelo IBGE. Ele começou a ser feito em 1980 e mostra a variação média de preços para uma cesta específica de produtos. Essa cesta atende a famílias com rendimentos de um a 40 salários mínimos.
A pesquisa ainda alcança 10 regiões metropolitanas do País, além das cidades de Goiânia (GO), Campo Grande (MS), Rio Branco (AC), São Luís (MA), Aracaju (SE) e Brasília (DF).
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