O Brasil reduziu de 100,21 a 154,38 milhões de mg de dióxido de carbono equivalente entre 2010 e 2018. Os dados foram apresentados pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, durante a 24ª Conferência do Clima (COP 24), que está sendo realizada em Katowice, na Polônia, até sexta-feira (14). Durante discurso, Maggi afirmou que o Brasil tem “uma das melhores legislações ambientais do mundo”. Segundo ele, as estatísticas indicam que a “agricultura brasileira é sustentável e o mundo precisa reconhecer isso”.
Com o resultado, o País alcançou entre 68% e 105% da meta de redução estabelecida para 2020 pelo plano setorial da Agricultura (Plano ABC) junto à Convenção-Quadro da Nações Unidas sobre Mudança do Clima. O compromisso foi firmado na 15ª Conferência do Clima (COP15), realizada em Copenhague, na Dinamarca.
De acordo com o ministério, a variação nos números ocorre devido aos coeficientes utilizados para os cálculos. "Por um lado, ao se utilizar os coeficientes estabelecidos na elaboração do Plano ABC, temos uma menor contribuição, por outro ao se utilizar outros coeficientes mais recentes da literatura científica nacional, as contribuições aumentam", explica o resumo divulgado pelo órgão.
O cálculo é feito a partir da área expandida em hectares multiplicado pelo fator de emissão correspondente. Além disso, eles também são utilizados dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do MapBiomas, por meio do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG).
A iniciativa promove a adoção de uma série de tecnologias sustentáveis para conservar os recursos naturais no Brasil. Entre essas medidas, estão a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), o Sistema Plantio Direto (SPD), a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN), Florestas Plantadas (FP) e Tratamento de Dejetos Animais (TDA), entre outras. Hoje, essas tecnologias estão presentes em mais de 2,8 mil municípios brasileiros, ou 52% do total.
Desde janeiro de 2013 até o mês passado, mais de 34 mil contratos foram firmados com produtores rurais por meio do Plano ABC. No período, foram R$ 17 bilhões em financiamentos, que agregaram mais de 9,1 milhões de hectares com as práticas conservacionistas.
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