Projeto social incentiva a formação de novos atletas em Cuiabá
26 Abr 2019 - 07:58
Herói para uns, vilão para outros. Mas, acima de tudo, detentor de muitas histórias. É dessa forma que o goleiro eterniza sua posição pelas mais diversas partidas de futebol ao redor do globo. Há até quem diga que essa função é um das mais ingratas no esporte. No entanto, o que seriam dos times – e torcedores – sem esse jogador? Afinal, o som da bola na rede dos adversários é sempre motivo de alegria.
Tanto que, no dia 26 de abril, celebra-se o Dia do Goleiro. Data que é comemorada no país desde 1976, criada em homenagem ao aniversário do goleiro Manga (Aílton Corrêa Arruda), que já defendeu a seleção canarinha e times como Sport Recife, Botafogo, Nacional-URU, Internacional, Coritiba, Grêmio, Operário de Campo Grande e Barcelona-EQU.
Em Cuiabá, meninos e meninas contam com projetos sociais de incentivo para a prática esportiva. Entre eles, está o “Bom de Bola, Bom de Escola” (BBBE), realizado pela Prefeitura de Cuiabá, que leva o futebol e o futsal para crianças e adolescentes com idades entre 6 e 14 anos. Além de oportunizar o surgimento de novos atletas – como o goleiro –, a iniciativa prioriza o bom desempenho na escola.
Para o pequeno Pedro Lucas Ferreira Bernardes Faria, de 9 anos, ser goleiro é sinônimo de felicidade. “Gosto de ser goleiro porque acho que no jogo é uma coisa que eles usam bastante. Me sinto muito feliz em ser um. Foi a decisão que eu quis tomar. Sempre gostei de jogar futebol, mas moro em apartamento. Aí, comecei no projeto esse ano e estou curtindo bastante. Meu goleiro favorito é o Alisson (Becker, do Liverpool)”, conta o menino sem soltar a bola das mãos.
Conforme explica o presidente do Instituto para o Desenvolvimento Econômico, Ambiental, Esportivo e Social de Mato Grosso (IDEAES/MT), Mário Márcio Pécora – que é responsável pela execução do programa –, a filosofia do “Bom de Bola, Bom de Escola” é trabalhar para que as crianças não sejam boas só no esporte, mas também na escola e no convívio com outros colegas. A edição 2019 do projeto será lançada oficialmente no dia 4 de maio e contemplará 800 alunos.
“As crianças são acompanhadas diariamente pelos professores e, a cada três meses, têm seu desenvolvimento motor e esportivo avaliado – assim como o escolar e de comportamento. Não podemos esquecer que estamos vivendo tempos tecnológicos. Hoje, crianças de cinco ou seis anos já estão com celular e jogos eletrônicos na mão. Logo, elas deixam de ter esse convívio caloroso com os coleguinhas da mesma idade. O esporte proporciona isso”, pondera.
Pécora complementa que, em 2018, o projeto ocorreu apenas no Complexo Poliesportivo Dom Aquino, mas que irá expandir esse ano. “Há um trabalho belíssimo de manutenção desse espaço, que se tornou cartão postal da cidade e uma referência de esporte. Mas, em 2019, teremos também como polos a região do CPA, Pedra 90 e Coophamil. Quem sabe não surgem novos jogadores profissionais do projeto, como o Jael – que atuou no Grêmio e está hoje no Japão”, enfatiza.
Pensamento reiterado pelo presidente do Shopping Popular – que é responsável pela administração do Complexo Poliesportivo Dom Aquino –, Sivaldo Oliveira, que reforça a importância do esporte como fator de mudança social. “Além de ser benéfica para a saúde, a prática de esportes contribui para a formação de cidadãos. No Complexo, além de futebol e futsal, público de todas as idades pode praticar diversas modalidades esportivas”, comenta.
Por ZF Press
Fonte: ZF Press
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