A campanha Novembro Azul tem o objetivo de mobilizar a sociedade quanto à prevenção do câncer de próstata, o tipo de tumor mais comum em homens, após os tumores de pele. A urologista Vanessa Guimarães Carellos Silva, credenciada junto ao Mato Grosso Saúde, alerta para a importância de se prevenir.
“O câncer de próstata é uma doença silenciosa no início, pois surge em uma região da próstata que não costuma causar sintomas. Conforme a doença progride, surgem sintomas como a dificuldade para urinar, retenção urinária aguda, insuficiência renal aguda, sangramento na urina, emagrecimento, dores nos ossos e até fraturas”, detalhas.
Ela explica que a Sociedade Brasileira de Urologia recomenda o PSA, exame de sangue que permite detectar a doença, e o exame de rastreamento para o câncer de próstata pelo toque retal para todos os homens com mais de 50 anos. Os homens com fatores de risco para o câncer de próstata – negros ou com histórico familiar a doença – deverão iniciar os examines preventivos aos 45 anos de idade.
“É importante pontuar que os homens que desejarem realizar o exame de prevenção do câncer de próstata devem procurar um urologista, para que seja colhida uma história clínica e realizados os encaminhamentos”, orienta.
Quanto a periodicidade em se realizar o exame novamente, Vanessa frisa que depende de uma análise dos fatores de risco, do PSA e da idade do homem.
Uma vez diagnosticada a doença, o tratamento vai levar em conta uma série de fatores, como a idade do paciente, se o tumor está localizado na próstata ou se espalhando para outros órgãos e a opinião do paciente. Radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e bloqueio hormonal por medicamentos são outros tratamentos, além de cirurgia para retirada da próstata.
Vanessa Guimarães lembra que os homens vivem em média oito anos menos do que as mulheres, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), e entre as razões estão a demora a procurar médicos e não seguir os tratamentos recomendados. “Deixe a vergonha de lado e procure um médico urologista. A sua saúde é muito maior”, alerta a especialista.
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